29 maio 2007

De onde vem a Calma daquele cara?




os nossos verdadeiros hermanos

28 maio 2007

1.

Hoje, estou capaz
de dançar
sob a chuva da minhas
lágrimas

14 maio 2007



é mais um verão nas pegadas, nas rochas
nas ondas, na espuma
nas nuvens, nos travesseiros..

No meu filme todas as cenas são incompletas



Faltas tu

13 maio 2007


Todos os Sábados, as minhas manhãs são preenchidas pela magia do Bairro Alto.

Tenho descoberto uma Lisboa que eu menosprezava e que agora se abre para mim, jovem e bonita, com os olhos voltados para rio. Ao entrar neste mundo, a luz matinal ilumina ruas e ruelas por onde já vemos um movimento fantástico de pessoas, habitualmente com uma certa idade, que já saiu para a rua para viver um dia que já começou e que deve ser aproveitado desde o primeiro raiozinho de sol que nasce.

E eu, que achava que Lisboa era uma cidade tão encantada e como todas as outras, descubro uma Lisboa que se apresenta especialmente alegre, que contagia os seus habitantes, mesmo sem se dar por isso.

Lobo Lobo

Era uma vez um lobo mau que resolveu jantar alguém
mas estava sem vintém mas arriscou e logo se estrepou.
Um chapeuzinho de maiô ouviu buzina e não parou
mas lobo mau insiste e faz cara de triste,
mas chapeuzinho ouviu os conselhos da vovó
-dizer que não pra lobo que com lobo não sai só.
Lobo canta pede promete tudo até amor
e diz que fraco de lobo é ver um chapeuzinho de maiô.
Mas chapeuzinho percebeu que lobo mau se derreteu,
pra ver você que lobo também faz papel de bobo,
só posso lhes dizer chapeuzinho agora traz
um lobo na coleira que não janta nunca mais.

Lobo bobo uuuuh....

João Gilberto

Tenho de pedir desculpa pela paragem na escrita no blogue Cenas Incompletas, que, a partir de agora, vai ter mais e melhores postes.
Fiquem para ver. TC

11 maio 2007

Civilização

"E depois voltámos para as alegrias únicas da casa, para as janelas desvidraçadas, a contemplar silenciosamente um suptuoso céu de Verão, tão cheio de estrelas que todo ele parecia uma densa poeirada de ouro vivo, suspensa, imovél, por cima dos montes negros. Como eu observei ao meu Jacinto, na cidade nunca se olham os astros por causa dos candeeiros - que os ofuscam: e nunca se entra por isso numa completa comunhão com o universo. O homem na capitais pertence à sua casa, ou, se o impelem fortes tendências de sociabilidade, ao seu bairro.
Tudo o isola e o separa da restante Natureza - os prédios obstrutores de seis andares, a fumaça nas chaminés, o rolar moroso e grosso dos ónibus, a trama encarceradora de vida urbana...
Mas que diferença, num cimo de monte, como Torges! Aí todas essas belas estrelas olham para nós de perto, rebrilhando, à maneira de olhos conscientes, uas fixamente, com sublime indiferença, outras ansiosamente, com uma luz que palpita, uma luz que chama, como se tentassem revelar os seus segredos ou compreender os nossos... E é impossivél não sentir uma soliedariedade perfeita entre esses imensos mundos e os nossos pobres corpos. Todos são obra da mesma vontade. Todos vivem da acção desse vontade imanente. Todos, portanto, desde os Úranos até aos Jacintos, constituem modos diversos de um ser único, e através das suas transformações somam na mesma unidade. Não há ideia mais consoladora do que esta - que eu, e tu, e aquele monte, e o Solque, agora, se esconde são moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando sobre o mesmo Fim."

in Civilização de Eça de Queiroz

04 maio 2007

Quero só pedir desculpa por não termos aparecido aqui no "Cenas" ultimamente.. Sinceramente não sei para quem estou a escrever mas, a fingir que há quem venha ver o nosso blog.. vá lá de semana a semana.. para esses vou-me justificar..
Nestes ultimos dias, a seguir às benditas férias da Páscoa, o 3ºPeríodo esta a apertar e logo aí se "perde" muito tempo a estudar. Não há de facto minutos a gastar no computador e além dos estudos tem havido um grande número de actividades nas quais estou envolvido.. (olha m'este a escrever caro e o caraças..!).
Um abraço
VC

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