28 maio 2008

www.fogefogebandido.com



é já no domingo que sai. foge foge bandido : livro e dois cd's. lá vem ele outra vez. o site já promete.

27 maio 2008

quem canta, seus males encanta

"sem você sou pá furada"
los hermanos
Dóis-me pa caraças.

23 maio 2008

é o amor que quero, é do amor que fujo.
é a eternidade que busco, é da eternidade que fujo.
mas, quando tenho sede ou fome,
não penso, não ando, antes de comer ou beber.

o corpo busca e encontra, quer e abraça.
a alma busca e perde, quer e foge.
e de que serve o corpo, quando a minha jornada é em busca
da alma?

22 maio 2008

tiro




aqui estou eu na corrida, mas só pela força do tiro. nunca fui grande atleta, e ainda p'ra mais, levo o coração. vou perder, ja sei. perder, perder, perder. mas oiço o tiro na mesma, sinto-o rebentar o ouvido e cheiro a sua pólvora, sinto o vento a bater na cara com força, para sempre. o corpo a cansar e a dizer que não à mente que quer ir. corro para ganhar, mas levo o coração ( e o mal do coração é que não gosta do pódio).

13 maio 2008

cala-te

o guillul disse, e precisas de ouvir isto.

"isto não é um tele-filme, aqui não há quem chore"

11 maio 2008

quem vê caras e corações

uma cara que sabe de nós, dói. os olhos que vêem o coração, ardem como se todo o corpo tivesse de ser rasgado para que se visse o fundo. um coração não se vê assim como a televisão. o coração não chora, o coração não diz. no coração, de todas as batidas, o sangue doer a correr nas veias, outras dão de beber ao corpo. os olhos e as mãos que vêem e agarram corações fazem-no gritar, porque ele foi feito para estar cá no quente fundo do corpo. mas quem se quer limitar à natureza assim? mostrar e dar o coração arde. mas o que arde cura.

my blues went green


08 maio 2008

O que os meus phones voltaram a tocar...

O Jantar do Bispo

- Padre - dissera o Dono da Casa -, eu pensava que o seu ofício era ocupar-se das rezas e não das contas. Os problemas morais pertencem-lhe. Os problemas práticos são comigo. Peço-lhe que deixe César ocupar-se do que é de César. Eu na sua Igreja não mando: só assisto e apoio. O problema que estamos a discutir é meu, é do meu mundo, é um problema material e prático.
- Da nossa própria fome - respondeu o Padre de Varzim - podemos dizer que é um problema material e prático. A fome dos outros é um problema moral.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares

06 maio 2008

Agora é só comigo, agora só depende de mim.
Não há mais nada a dizer, não há que desenhar contas ou devaneios. Depende de mim e só de mim. Agora sou eu, o escuro e eu. Aqui tento encontrar-me sozinho porque foi sozinho que me perdi, que me tornei nisto. Aqui, neste sítio desconhecido, há a dança da escuridão que me enganou. A escuridão que me provoca e que me arranha, que me torna instintivo, animalesco, bruto, feio, sujo, preto. Aqui sou tão preto que me perco na multidão; na multidão também tão preta e perdida que faz me ser transparente. Preto e transparente. Sozinho no meio da multidão que não me vê, mas que é preta, como eu.

05 maio 2008

o riso vai com o vento. e volta, às vezes, na música do vento, ou na música do teu riso.

Mostram, os olhos do castelo, a agitação acalmada, num falso bucolismo, a cidade destapada.











"Síndrome austríaco"

Não sei o que dizer acerca deste novo escandalo, sobre o qual já tecem um tal síndrome austríaco. Ultrapassa totalmente a minha compreensão. Como é que possível um pai fazer o que fez à sua própria filha? E para além disso - que é o que mais me escandaliza - ainda ter a coragem de dizer que era para o bem da sua filha, para a livrar da droga... O que é que o leva a fazer algo tão grotesco?
Não sou capaz, de maneira nenhuma, reconhecer algum traço de sanidade a este homem, que, pelo que fez, só pode ser um psicopata com necessidade urgente de cuidados médicos.

Sim. Tive orgulho em mostrar Lisboa.

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