05 abril 2008

catástrofe

já nada me enche as entranhas sujas, senão tu. tudo o que penso sobre mim será para ti, para me seres, melhor do que eu me sou. não corro, não vejo as luzes dos candeeiros voar às linhas e não sinto o vento a bater mais forte. não falo, só papagueio umas ideias parvas que só servem para mostrar como sou fraco. só te vejo a seres comigo um dia, mas vivo no quarto escuro ( e ninguém está lá fora a contar "um, dois, três" até entrar e me encontrar e aí acender a luz), no sujo meu, embora evitando luz falsa, estou nos olhos fechados e nas lâmpadas partidas.

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