Agora é só comigo, agora só depende de mim.
Não há mais nada a dizer, não há que desenhar contas ou devaneios. Depende de mim e só de mim. Agora sou eu, o escuro e eu. Aqui tento encontrar-me sozinho porque foi sozinho que me perdi, que me tornei nisto. Aqui, neste sítio desconhecido, há a dança da escuridão que me enganou. A escuridão que me provoca e que me arranha, que me torna instintivo, animalesco, bruto, feio, sujo, preto. Aqui sou tão preto que me perco na multidão; na multidão também tão preta e perdida que faz me ser transparente. Preto e transparente. Sozinho no meio da multidão que não me vê, mas que é preta, como eu.
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