os dias aqui são casas. as pedras aqui perdem toda a morte e vivem mais que eu. comem os seus gelados e falam com os seus amigos. as línguas são lhes indiferentes, ouvem, mas não percebem nada. percebem olhos, talvez.
as casas, aqui, não gostam de japoneses de máquinas e flashes, mas levam com eles todos os dias. na sua vida, alegre, são tristes. as casas disserem-me quanto queriam dançar e cantar, mas se eu não sou japonês, sou quase, e acho que não gostaram muito de mim.
as casas pintadas gostam de bicicletas e vespas. gostam de fontes e praças. correm por roma, tropeçando nos maiores feitos dos homens, nos maiores quadros, nas maiores praças. é isso o incrível: depois dos fóruns, caravaggios, vaticanos, fica cá dentro a dor nas pernas de correr com as casas e com o vento, empunhando um gelado, num ambiente de buzinas, sirenes, travões, igrejas e fontes.
comprimentos de roma, esperando estar de volta cedo.
09 dezembro 2008
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