15 dezembro 2007

Estou no cais

à espera de um barco que me corrompa. de alguém que me tire o chão rijo e que ponha a voar. eu preciso de voar; quero largar tudo o que é evidente, quero fazer-me ao largo, fugir desta insensatez do que certo e sensato. tou farto marchar, de ser um soldado que cumpre ordens sem questionar e sem pensar. deixem-me ser insubordinado, deixem-me fugir do hábito. E tu; sim tu, rotinas-me, marcas-me o nojento horário que todos os dias tenho de cumprir, tu prendes-me, fazes-me crer que és vento diferente.

Sem comentários:

arquivo