22 dezembro 2008

o primeiro post depois destas férias grandes

muito fixe...

bem,

voltei.

11 dezembro 2008

chegada

nunca direi que roma é melhor que lisboa. mas, em certas coisas, é o que poderiamos ter sido.

09 dezembro 2008

o meu primeiro postal

os dias aqui são casas. as pedras aqui perdem toda a morte e vivem mais que eu. comem os seus gelados e falam com os seus amigos. as línguas são lhes indiferentes, ouvem, mas não percebem nada. percebem olhos, talvez.
as casas, aqui, não gostam de japoneses de máquinas e flashes, mas levam com eles todos os dias. na sua vida, alegre, são tristes. as casas disserem-me quanto queriam dançar e cantar, mas se eu não sou japonês, sou quase, e acho que não gostaram muito de mim.
as casas pintadas gostam de bicicletas e vespas. gostam de fontes e praças. correm por roma, tropeçando nos maiores feitos dos homens, nos maiores quadros, nas maiores praças. é isso o incrível: depois dos fóruns, caravaggios, vaticanos, fica cá dentro a dor nas pernas de correr com as casas e com o vento, empunhando um gelado, num ambiente de buzinas, sirenes, travões, igrejas e fontes.

comprimentos de roma, esperando estar de volta cedo.

26 novembro 2008

é gooolo!

recebe de peito, depois de uma jogada a dois. prepara-se e.. acrobático, vai com força e sem medo de partir as costas. e eu digo: é golo de certeza!

25 novembro 2008

olá,

dei uma volta a isto. e assim deu para festejar os dois anos de vida aqui do cenas ( que foram dia 26 de outubro, mas pronto).
fica prometido um regresso para breve.

08 outubro 2008

queria ser um menino perdido

nunca me soube tão bem ter dezasseis anos, e com isto não quero dizer nem que noticiários e jornais são coisas só de adulto nem que não me interesso pelo que corre à minha volta, mas sim dizer que ver as coisas cá de baixo é bem bom.
toda esta confusão rodando assim sem centro cá por cima ( a crise dos EUA misturada com a crise que já havia em Portugal, mais o Sporting e o Benfica, mais uns bancos que decidiram falir, mais o Obama e o McCain, mais o Putine a publicitar a prática de Judo, mais um debate quinzenal onde vejo um senhor de barbas dos verdes a perguntar para quando o aumento dos salários, mais alguma coisa e mais outra.) , e eu vou vendo, vou ouvindo, aprendendo, mas tenho sempre a hipótese de desligar e fechar os olhos a ouvir a Feist ou a Catpower, oduelo feminino deste meu outono que chega. posso acordar e correr para a escola, de livros às costas, desta feita aí com uns National, ou então com uma rápida olhadela pelo livro de matemática para ver se me safo na ficha.
o bom é que tudo o que se passa por aí não me chama. o bom é que os meus dias ainda são feitos a cantar e a correr.

os tempos estão a chegar ao fim, mas ainda há tempo para dançar em português





não sei se há muito a dizer sobre eles e sobre o seu magnífico material inútil. é bom. é muito bom. estou a ouvi-lo pela primeira vez agora mesmo, enquanto escrevo e está a ser difícil não dançar. sei que ainda me faltam umas audições para mastigar o disco, mas não há razões para a desilusão, isso já percebi. aliás, há boas razões para não faltar este sábado à festa no musicbox. não falei aqui da estória da Flor Caveira, da Amor Fúria porque não sou a pessoa indicada, mas agora, e para marcar este lançamento dos Pontos Negros, vou-o fazer: todos eles estão a construir o próximo episódio da música portuguesa. e, amigos, estamos mesmo no fim do episódio actual.



não percam o próximo episódio porque nós também não.



(e isto passa por ir comprar o disco dos Pontos Negros à fnac, ou então, ir a www.myspace.com/ospontosnegros)

24 setembro 2008

é o normal:

chegar do verão e contá-lo, seja a quem for. o verão tem isso, é como uma estória. as coisas acontecem connosco sem que os outros as saibam. é como as ideias que fazem as estórias. ninguém as vê connosco e elas querem correr para fora de nós, não por serem boas ou más, mas por serem ideias e, talvez, gostarem de correr. o verão, bom ou mau, também salta sempre da nossa boca para os olhos dos que o ouvem.
o verão deste ano não foge às regras. foi como a estória de uma criança. começou numa fugida nos caminhos de ferro. construímos uma rede férrea de lego cá em casa e fomos descobrir, a casa. não desarrumámos nada, ficou tudo no seu sítio, vimos a casa e voltámos para os quartos. depois chegou a hora de sair, para o sol ou assim. foi o fim da aparição que já vinha desde há muito tempo, deu também para o abre para cá e azul-turqueza e para o princípio das hisórias do padre castanho. depois ora em casa, ora jardim infantil. mas ainda ouve tempo para os pais ligarem a aparelhagem lá do quarto com os três dias do Alive e ainda o último do Sudoeste, mais ainda umas novas músicas vindas dos alentejos. depois de tudo isto, deste dia sem sesta, veio o sono, a vontade de dormir com campainhas e um terraço vazio. as pardes cinzentas, o quadro grande preto-verde - oh não, sempre o mesmo sonho que está para durar até meados de junho, mês em que espero ouvir mais um era uma vez..

17 setembro 2008

as cenas que nós fizémos:

um concerto em grande





, um intra-rail







, umas gravações de banda

www.myspace.com/osasteriscocardinalbombacaveira

voltei mas não é de vez. hei de tornar a voltar.

18 junho 2008

mas que é isso de se achar que a vida se fala?
.
é isso. estou transformar-me no que não quero. e posso mudar? posso parar o carro que já vai na estrada, assim? claro, a resposta é fácil de achar e difícil de fazer, como todas as coisas boas.

mas 'tá difícil isso de correr atrás do bem.

16 junho 2008

agora, (ao Variações)

tudo vai caíndo rápido, correndo na pressa de não sair do lugar. tudo corre, salta, corre e gira em busca do tédio da manutenção do estado das coisas. em mim. as cidades e os países vão caíndo com as mulheres e os homens e as crianças e com eles as oportunidades de eu amar. tudo se vai com a rajada gelada da não-mudança. a mudança precisa de tempo, o tédio come o tempo, devagar. e é isso que vai acontecendo aos meus ventos de mudança, vão sendo fechados num frasco, tapados pela força de não fazer nada. tudo, não só à minha volta mas também nas minhas entranhas mais sujas, luta incessantemente para que eu seja quem sou e não quem quero ser. "a culpa é da vontade", que nestes tempos vai passando por mentirosa.

13 junho 2008

tu consegues que eu pense amor. penso amor que queria ser, mas que sozinho não sou.


calada.

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