Sou uma metade do que era
Com mais outro tanto de Cidade
Vou-me embora que o coração não espera
À procura da mais velha metade

24 dezembro 2007
23 dezembro 2007
Quero libertar-me de ti
eu não gosto de ti. gosto de gostar de ti. é mais simples gostar de ti, é mais fácil. torna as coisas mais óbvias.
21 dezembro 2007
Mesmo a tempo
Encontrei-me mesmo a tempo de não me consumires.
De não ficar com o mundo virado para dentro de ti.
De não ficar com o mundo virado para dentro de ti.
20 dezembro 2007
dia
acordo e está tudo, nem bem nem mal, exactamente como queria. as janelas não saíram dos seus sitios, as mesas também não, a minha cama está igual, as divisões da casa são as mesmas. é mais um dia. não digo bom dia!, matem o bom dia!, ninguém sabe se o dia vai ser bom, e para quê desejar um bom dia a alguém se nem sabemos se queremos realmente desejar um dia bom. além do mais estou sozinho, não tenho ninguém com quem falar(talvez tenha) muito menos para desejar bom dia!.
passo à frente: lavar dentes, banho e chega. sento-me na minha mesa, na única mesa, no seu verdadeiro sentido( tampo com um ou mais pés), olho para a janela e lá está a cidade em toda a sua maravilha, porca, desorganizada, suja. mas consegue, não me perguntem como, ser linda. se calhar é como nós, a nossa vida, porca, suja, desorganizada, sim porque eu não me canso de sujá-la e pisá-la, mas tão bela. é vida, caramba! tem de ser bela, porca mas bela.
finalmente dou umas trincas nas torradas e bebo leite. agora tenho o tempo que deveria ser oucupado pelo trabalho, serio, engravatado. que se lixe, não quero isso para mim. sento-me e escrevo, e aí não estou sozinho, quer seja ateu ou não, quer seja maluco ou não, não estou sozinho. escrever de manhã é bom, mas difícil.
então saío de casa, e vou dar uma volta. sentir que já acordei, sentir que as coisas acontecem, sentir e tentar perceber quem sou, quem és e quem somos, sinceramente é isto que me espanta são as "voltas" que vou dando. é magnífico. ouvir a canção do mundo, olhar e ver o filme do mundo, tocar no mundo, saborear o mundo, resumindo, perceber que sou parte do mundo.
Ai, belo passeio. volto a casa, agora sim já tenho que escrever, e por ai fico até ao almoço. Chegam as duas horas e eu começo a pensar nas pessoas. mas há quem me chame solitário. era fácil, de facto, lidar só com a minha vida, que por ser minha tolero. o difícil é tolerar e aceitar as vidas doss outros (diferentes, mas nojentamente iguais). então sim, lembro-me do almoço que tinha marcado com alguém e vou. depois volto e sei que foi bom. mas tenho um problema! o que é que se passa em mim quando estou com alguém? toda esta magia, toda esta espécie de arte que é a minha vida nunca é dada, nem oferecida a ninguém. - raiva em forma de pontos de interrogação seguidos de pontos de exclamação.- agora é tempo da música. é so pôr o disco, pôr bem alto e ouvir, cantar, gritar. é tão bom perceber que nos discos estão vozes de pessoas que veêm o mundo de uma maneira tão parecida com a minha. são os meus amigos.
chega a noite. e das duas uma: 1. a cidade é ainda mais deslumbrante à noite, é mais frágil, é mais homem, portanto tenho uma optima oportunidade para dar uma das minhas voltas, neste caso, de caderno em punho. 2. não nada melhor que ler e escrever uma noite inteira, pelo menos é o que dizem, eu não sei, mas que é poético é sim senhor! não me decido e acabo por adormecer e até talvez sonhar e até talvez dormir.
passo à frente: lavar dentes, banho e chega. sento-me na minha mesa, na única mesa, no seu verdadeiro sentido( tampo com um ou mais pés), olho para a janela e lá está a cidade em toda a sua maravilha, porca, desorganizada, suja. mas consegue, não me perguntem como, ser linda. se calhar é como nós, a nossa vida, porca, suja, desorganizada, sim porque eu não me canso de sujá-la e pisá-la, mas tão bela. é vida, caramba! tem de ser bela, porca mas bela.
finalmente dou umas trincas nas torradas e bebo leite. agora tenho o tempo que deveria ser oucupado pelo trabalho, serio, engravatado. que se lixe, não quero isso para mim. sento-me e escrevo, e aí não estou sozinho, quer seja ateu ou não, quer seja maluco ou não, não estou sozinho. escrever de manhã é bom, mas difícil.
então saío de casa, e vou dar uma volta. sentir que já acordei, sentir que as coisas acontecem, sentir e tentar perceber quem sou, quem és e quem somos, sinceramente é isto que me espanta são as "voltas" que vou dando. é magnífico. ouvir a canção do mundo, olhar e ver o filme do mundo, tocar no mundo, saborear o mundo, resumindo, perceber que sou parte do mundo.
Ai, belo passeio. volto a casa, agora sim já tenho que escrever, e por ai fico até ao almoço. Chegam as duas horas e eu começo a pensar nas pessoas. mas há quem me chame solitário. era fácil, de facto, lidar só com a minha vida, que por ser minha tolero. o difícil é tolerar e aceitar as vidas doss outros (diferentes, mas nojentamente iguais). então sim, lembro-me do almoço que tinha marcado com alguém e vou. depois volto e sei que foi bom. mas tenho um problema! o que é que se passa em mim quando estou com alguém? toda esta magia, toda esta espécie de arte que é a minha vida nunca é dada, nem oferecida a ninguém. - raiva em forma de pontos de interrogação seguidos de pontos de exclamação.- agora é tempo da música. é so pôr o disco, pôr bem alto e ouvir, cantar, gritar. é tão bom perceber que nos discos estão vozes de pessoas que veêm o mundo de uma maneira tão parecida com a minha. são os meus amigos.
chega a noite. e das duas uma: 1. a cidade é ainda mais deslumbrante à noite, é mais frágil, é mais homem, portanto tenho uma optima oportunidade para dar uma das minhas voltas, neste caso, de caderno em punho. 2. não nada melhor que ler e escrever uma noite inteira, pelo menos é o que dizem, eu não sei, mas que é poético é sim senhor! não me decido e acabo por adormecer e até talvez sonhar e até talvez dormir.
17 dezembro 2007

a música estava alta. os baixos sentiam-se no coração, a tarola fazia com que os olhos se fechassem ( com medo), os guinchos da guitarra entravam pelos ouvidos e por lá ficavam a guinchar. era dia do "roque éne role" (MLP) e nada fazia mais sentido. só a música por si fazia todo o sentido. só saltar e dançar e gritar e voar e rebentar e ouvir. No fundo é só isto. é só isto e é tanto!
15 dezembro 2007
Estou no cais
à espera de um barco que me corrompa. de alguém que me tire o chão rijo e que ponha a voar. eu preciso de voar; quero largar tudo o que é evidente, quero fazer-me ao largo, fugir desta insensatez do que certo e sensato. tou farto marchar, de ser um soldado que cumpre ordens sem questionar e sem pensar. deixem-me ser insubordinado, deixem-me fugir do hábito. E tu; sim tu, rotinas-me, marcas-me o nojento horário que todos os dias tenho de cumprir, tu prendes-me, fazes-me crer que és vento diferente.
acabei de ler um artigo na Única que me deixou parvo.
A propósito das saídas dos jovens; de bebedeiras, drogas e "curtes", diz uma iluminada criatura:"Quando não podia sair todas as sextas-feiras, apanhava sempre bebedeiras. Agora, que saio quando quero, já não me embebedo sempre."
Criatura, de 16 anos, cujo objectivo é " sair todas as quintas, sextas e sábados".
Assim percebo que sou eu que estou bem...
Criatura, de 16 anos, cujo objectivo é " sair todas as quintas, sextas e sábados".
Assim percebo que sou eu que estou bem...
14 dezembro 2007
12 dezembro 2007
fugir

correr, correr, correr, sentir o vento na cara tão frio, tão bom, fugir. Sentir o chão a voar e os pés a beijarem o chão muito de vez em quando. correr, sentir as pernas a blançar e o coração a bater cada vez mais. a respiração a sair pela boca nítida, custa a entrar pelo nariz. correr tão rápido, tão bom. é pena é que cansa. só não fujo porque cansa. ( o descanço também cansa então não posso descansar nem fugir, amigos. tenho que agir aqui.)
tudo-nada
vou-me meter num foguete. vou ver com os olhos aqulio que somente vi por entre as lentes do telescópio: o tudo-nada. vou vê-lo e vou perceber que era tão bom que o mundo fosse assim, que toda a gente tivesse noção da sua pequenez, do silêncio, da luz e da ausência de luz ao mesmo tempo e se se deixa-se levar pela simplicidade. afinal, não vou. era fácil. dificíl é ficar e continuar a ver pelo telescópio aquilo que deviamos ser, tentando mostrar aos outros o tudo-nada, sem que eles tenham nem dinheiro nem vontade para comprar um para eles. é tentar-lhes explicar o que devemos ser sem sequer saber realmente o que é, só o conseguindo ver atrvés das lentes do telescópio. eu queria ser estrelas e céu, mas ninguém percebe isso, não é?
11 dezembro 2007
fraco
não sou homem suficiente para me dar. não me dei nem vou dar. não sei dar. como é que haveria de saber? nem sei o que é que sou, não sei o que é que iria dar. era um ponto de interrigação num pomposo embrulho. é isto que te vou dar pelo natal, se até lá, arranjar coragem.
10 dezembro 2007
04 dezembro 2007
Windowsill - Arcade Fire (!)
I Don't wanna hear the noises on TVI
Don't want the salesmen coming after me
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't want it faster, I don't want it free
I Don't wanna show you what they done to me
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna choose black or blue
I Don't wanna see what they done to you
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna give 'em my name and address
I Don't wanna see what happens next
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna live with my father's debt
You can't forgive what you can't forget
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna fight in a holy war
I Don't want the salesmen knocking at my door
I don't wanna live in America no more
MTV, what have you done to me?
Save my soul, set me free!Set me free!
What have you done to me?I can't breathe! I can't see!
World War III, when are you coming for me?Been kicking up sparks, we set the flames free
The windows are locked now so what'll it be?A house on fire or a rising sea?
Why is the night so still?Why did I take the pill?
Because I don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
Don't want the salesmen coming after me
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't want it faster, I don't want it free
I Don't wanna show you what they done to me
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna choose black or blue
I Don't wanna see what they done to you
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna give 'em my name and address
I Don't wanna see what happens next
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna live with my father's debt
You can't forgive what you can't forget
I Don't wanna live in my father's house no more
I Don't wanna fight in a holy war
I Don't want the salesmen knocking at my door
I don't wanna live in America no more
MTV, what have you done to me?
Save my soul, set me free!Set me free!
What have you done to me?I can't breathe! I can't see!
World War III, when are you coming for me?Been kicking up sparks, we set the flames free
The windows are locked now so what'll it be?A house on fire or a rising sea?
Why is the night so still?Why did I take the pill?
Because I don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
I Don't wanna see it at my windowsill
03 dezembro 2007
Era uma vez
era só estar contigo, o que quer que signifique "estar". não era fazer nada poético, era só andar os dois. era simples. era só olhar à volta e ver, ou olhar. era gritar. era saltar e dançar. era chorar, era sentir a tua lágrima fria na minha cara e ter a certeza que estava aqui. era tão bom se não eu não tivesse medo. era tão bom que não houvesse "se´s". era cantar, para sempre. era estarmos os dois sentados num banco de jardim.
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